Circular pelas esquinas,
sem era,
nas superfícies cálidas e finas,
sem beira.
Quantas horas passadas a esmagar absintos,
tentando prender-se mesmo por instintos,
acariciando ruínas,
procurando conciliar a respiração,
com os tumultuosos suspiros do mundo.
Louco e devasso,
pelas entrelinhas do nada,
indo ao fundo,
mergulhado entre os perfumes selvagens,
pela rendosa “floresta do Aterro do Flamengo”,
e os concertos de insetos sonolentos.
Esculpindo na imagem do mar,
sua própria figura de membros frígidos,
imobilizados
e rígidos.
Tento agora amacia-los,
e de olhos fechados,
para que através dos óculos,
não encarem os olhos,
dilatados
e desnudos,
os raios,
sua idade.
E de coração aberto à grandiosidade insustentável,
do céu transbordante de calor,
“por entre o lodo impuro
agora ainda retendo,
aquele olhar tremendo,
fitado no futuro!”