suave como uma Barcarola.
Parecíamos estar ao balançar dos ventos,
e este ritmo sugeria um passeio de gôndola,
sobre águas de lua cheia! E a Lua?
A lua por sobre seus ombros,
desfolhava todas as notas petulantes
de sua doce voz,
que se unia às brisas das montanhas,
inebriando todo o desejo pujante de aventureiros ainda...
Nossos sorrisos abriam-se como flores,
que,
claros em suas cores,
ressaltavam-se naquela noite única,
inaugurando de vez a primavera em nossas vidas.
E assim dois amantes se lançavam,
aos céus e às estrelas,
e sobretudo um ao outro,
ciando todas as descobertas.
Uma magia envolvente de desejo e sensualidade;
e ali naquela casa branca e desvanecida,
à beira do rio,
fizemos nosso recanto.
E ocultamos ali,
de noite e de dia,
o amor
e a poesia.
E então,
o monte,
o mar,
a selva,
e nossa palhoça à beira do rio,
íamos!
Dávamos!
E ao som doce do Piano,
ao sabor Vinolento em nossos lábios,
alongávamos ali nossa paz de Amantes esquecida.